Aqueles que dançam são considerados loucos pelos que não conseguem ouvir a canção

sexta-feira, 27 de março de 2015

Dia do orgulho LGBT

Texto escrito do dia 25/03/2015 e publicado no facebug.

Hoje é o dia nacional do orgulho LGBT. Muitos questionarão a necessidade disso e estou disposto a explicar, embora não esgote a questão.
Durante minha juventude toda fui recriminado por parecer, andar com quem parece, até finalmente por ser de fato gay. Não sei se meus amigos que pareciam gays também se descobriram como tal, mas quero ressaltar que a discriminação vem antes que possamos compreender nossa sexualidade. Muito cedo em nossas vidas estamos sujeitos a todo tipo de violência apenas por nossa condição.
Crescemos apenas nos vendo como chacota ou como dignos de pena. Não havia para nós na realidade ou na ficção referências de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans com vidas plenas e pessoas com uma profundidade maior que sua sexualidade ou identidade de gênero. Afinal somos profissionais, irmãos, filhos, pais, mães, amigos, humanos.
Orgulho significa que não mais vamos nos esconder, que vou corrigir toda vez que me tomarem como hétero, que não vou aceitar como "elogio" exaltarem que não sou afeminado. Por que é necessário para os que virão saber que podem sim viver plenamente e ser quem são.
Para que aqueles que virão tenham um mundo melhor que o que eu tive eu direi: TENHO ORGULHO DE SER GAY

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Desafios

Ano passado comecei um processo intenso de mudanças e de novidades, tanto as impostas pela vida quanto as que eu mesmo fui atrás. E descobrir que eu podia sim fazer muito mais foi maravilhoso, porém fiquei desejando um ano mais tranquilo. Mas isso passa longe de me propor a fazer pouco, muito pelo contrário quero mesmo é fazer ainda mais.
As pessoas costumam fazer resoluções de ano novo, se propondo a parar ou começar algo (parar de fumar, entrar na academia...), eu me propus alguns desafios. Sim, me desafiei a algumas coisas que acho que serão boas para mim que são:
 - Ler todos os livros que comprei;
 - Estudar melhor na faculdade;
 - Terminar meus projetos de escrita;
 - Ser piranha.

Eu sempre gostei de ler, mas nunca fui um leitor voraz. Não sou de contar quantos livros leio, nem vejo muito sentido nisso já que é um lazer para mim. Porém como venho me metendo a escrever e ler é essencial para isso eu achei bacana me desafiar a ler mais. Então bolei um desafio que fosse acessível, plausível, mas que ainda assim fosse mesmo desafiador. Sendo assim separei os meus livros que já tinha lido dos que ainda não havia terminado (leio vários ao mesmo tempo, algumas vezes abandono a leitura e coisas assim) me propondo a ler nesse ano todos os livros da pilha de não lidos. Imaginem meu espanto ao me dar conta de que são 35 livros no total. Sim, trinta e cinco livros! Nem sei dizer qual foi a maior quantidade de livros que li num ano, mas certamente me desafiei a ler mais que o dobro. Confesso que senti um pouco de vergonha ao me dar conta desse tanto de livros que estavam lá só me esperando e eu sem lê-los (e paquerando livros nas livrarias). Na foto estão a maioria, faltando apenas os outro quatro livros da trilogia do guia do mochileiro das galáxias (é uma trilogia de 5 livros rs) e as crônicas de Nárnia que são 7 livros. Dois livros eu já li, Tristão e Isolda e o primeiro Guia.
Talvez fale sobre os demais desafios em outras postagens, talvez não. E vocês, têm desafios a vencer nesse ano?

sábado, 1 de novembro de 2014

Um turbilhão de emoções e sensações tem sido minha rotina. Nos últimos dias fui tomado por um furor sexual e uma sensação de estar enlouquecendo. O que está me enlouquecendo? Demorei para encontrar a resposta, alás nem encontrei, ela veio a mim. Chegou o dia das bruxas. Quando enfim soube o que me causava tal estranheza fiquei muito feliz. Feliz por mesmo após tanto tempo Sem realizar cerimônias pagãs eu senti a aproximação de uma data tão especial. Depois de tudo que vivi as marcas daquele período rigoroso com todas aquelas festividades, pessoas, Deuses e oferendas eu ainda carrego as marcas de tudo isso.
Parece que finalmente compreendi que a bruxaria para mim é isso mesmo, enlouquecer num palco contracenando com meu eu passado, presente e futuro. Apresentar isso aos Deuses e partilhar experiências e frutos com as pessoas. Tornar-me como Babalon, que cavalga a besta com sete cabeças monstruosas, e cavalgar meus demônios interiores.
Esse coração arrebentado pela vida, remendado por Lilith e constante mente lapidado pelas correntes de emoções é meu maior tesouro. Sou absolutamente incapaz de ser quando ele está despedaçado. Hoje consigo ver que quando ele transborda de amor eu me torno o melhor que eu posso ser. Pão para meu corpo, mas sem amor também definharei. Por isso amo sem medidas e sem limites, pois o amor é livre e ao contrário do que dizem guardamos o amor em nós.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O amor é um tema que sempre ronda minha mente. Provavelmente pela peculiaridade de minha vivência sobre esse sentimento eu sempre acho que ele não é bem representado.
Odeio que resumam o amor como amor romântico. Ou que o coloquem como a mais alta e pura forma desse sentimento. Não é, se pensar um pouquinho sobre isso já se percebe o erro. Existem muitas formas de amor e de amar, certamente essa não é a mais nobre (até por quê esse tipo de classificação nem faz sentido). As descrições do amor romântico são fábricas de frustrações. Muitas ideias erradas sobre vida, relacionamento e até sobre humanidade são atados ao conceito comum desse pobre coitado amor. Promessas vazias de felicidade pra vida toda, busca por "metades, príncipes e princesas. Tenho dó de quem vai atrás do sentimento lendário, pois a realidade não ajuda.
Quem nunca ouviu falar em amor a primeira vista? Esse eu acho hilário! A pessoa viu muito filme da disney, não é possível amar quem você viu apenas uma vez. (só se vc acredita em reencarnação e que vai reconhecer seu amor de vidas anteriores, mesmo nesse caso ainda acho paia o conceito) Na verdade esse é apenas uma ilusão. Talvez tenha haver com esses relacionamentos que começam e terminam rapidamente. As pessoas não se conhecem, começam a namorar e quando se conhecem melhor terminam. Projetamos os nossos próprios desejos naquela pessoa e ela pode corresponder a eles o não, isso pode ou não amadurecer para um amor, mas é apenas uma ilusão.
Amor fraterno é o meu favorito. Vivo dele e para ele. Laços construídos com confiança, afeto e respeito ao longo de anos é uma joia rara da vida. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eu não faço ideia do que estou fazendo.

Deveria haver uma palavra que exprimisse essa sentença. É um sentimento que vira e meche eu (acredito que todos) nos deparamos, em algumas épocas inclusive é bastante recorrente.
Por que nos tornarmos finalmente responsáveis pelo nosso destino envolve muito mais fatores do que de fato estamos acostumados a considerar. Em algum momento vamos perceber que ainda não tínhamos pensado suficiente nos fatores que moldam a realidade à nossa volta. Acabamos fazendo muito no automático, sem questionar, pelo hábito ou por orientação. E o trabalho para definis nosso destino começa muito antes de nos darmos conta de que estamos construindo os dias vindouros.
Chegou finalmente o dia em que sinto falta da infância, não precisar resolver as coisas. Acho que é a única coisa que realmente sinto falta nessa época, a responsabilidade não é nossa. Eu sempre quis a responsabilidade e eu a abraço junto a toda consequência que isso implica. Isso é liberdade.
Porém ser responsável cansa. Ser forte cansa. E lutar cansa.
Sim, lutar. Tornarmo-nos cônscios e responsáveis nos faz ver quantas lutas existem e a necessidade delas. Escolhi as frentes para lutar e segui buscando o direito a existência. Para me desesperar depois com minha geladeira ruim.
Todas essas coisas tem feito parte de minha vida. Mas como disse no título eu não faço ideia do que estou fazendo.