Aqueles que dançam são considerados loucos pelos que não conseguem ouvir a canção

terça-feira, 30 de agosto de 2011

2° Arcano, A Alta Sacerdotiza

A figura da Papisa faz alusão a um fato histórico, ou melhor, lendário, que ocupa um lugar notável na literatura da Idade Média: a pretensa existência de um Papa do sexo feminino. A tradição popular diz que uma mulher ocupou a cadeira de São Pedro durante alguns anos sob o nome de João VIII.
    Várias versões aparecem, mas o mais antigo testemunho que chegou até nós é bastante posterior à data de seu suposto reinado.
 De qualquer modo, para o estudo tradicional e iconográfico do Tarô, não importa estabelecer alguma fidelidade histórica. Embelezada com o correr do tempo, uma de suas versões combina admiravelmente com o simbolismo maternal que se atribui à estampa: segundo tal versão, a papisa teria ficado grávida de um dos seus familiares e, como não se recolheu à época do parto, o acontecimento teria se dado em plena rua, durante uma procissão entre a igreja de São Clemente e o palácio de Latrão.
   Alguns autores vêem na Sacerdotisa a representação de Isis, com todas as suas conotações noturnas e ocultas. Também a associam a Cassiopéia, a rainha negra da Etiópia e mãe da constelação Andrômeda, e a Belkis, a belíssima rainha de Sabá, para quem Salomão teria composto o Cântico dos Cânticos. Essa relação da Sacerdotisa com deusas e rainhas negras (ou escuras) não parece casual e acentua a contrapartida com a carta a seguir: o simbolismo branco, luminoso e diurno do Arcano III (A Imperatriz), com quem a Sacerdotisa forma a dupla oposta e complementar da feminilidade.
    Este símbolo subterrâneo, que se refere ao aspecto esotérico da revelação, teria passado para o cristianismo sob a forma das virgens negras, cujo ritual se realiza com freqüência numa cripta ou num lugar inacessível.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Muitas vezes a honrá-la, Lilith

Eu danço a minha vida para mim mesma
Sou inteira
Sou completa
Digo o que penso
E penso o que digo
Eu danço a escuridão e a luz
O consciente e o inconsciente
O sadio e o insano
E falo por mim mesma
Autênticamente
Com total convicção
Sem me importar com as aparências
Todas as partes de mim
Fluem para o todo
Todos os meus aspectos divergentes tornam-se um
Eu ouço
O que é preciso ouvir
Nunca peço desculpas
Sinto os meus sentimentos
Eu nunca me escondo
Vivo a minha sexualidade
Para agradar a mim mesma
E agradar aos outros
Expresso-a como deve ser expressa
Do âmago do meu ser
Da totalidade da minha dança
Eu sou fêmea
Sou sexual
Sou o poder
A muito temida.
Autora: Amy Sophia Marashinsky

domingo, 21 de agosto de 2011

ESP - RJ

Só p lembrar q no mês de setembro teremos o ESP - RJ \o/.
O Encontro Social Pagão é um evento gratuito que acontece todo mês, no Rio de Janeiro ele acontece na Quinta da boa vista, no templo de Apolo.
No Site do evento não encontrei a programação desse ano. Mas o evento começa por volta de 12h e vai até umas 17h.
Meu grupo deve ir em peso, espero encontrarvários outros amigos por lá.
ESP®RJ (ESP®BR) – 17 E 18/09

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os sete sábios cegos


do Folclore Hindu
Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos.
Como seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre o qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:
- Somos cegos para que possamos ouvir e compreender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não agüento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.
O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar os seus músculos e eles não se movem; parecem paredes…
- Que bobagem! - disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante. - Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de guerra…
- Ambos se enganam - retrucou o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia…
- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia as orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante…
- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.
E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:
- Assim os homens se comportam diante da verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos.

Via 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eterno ser, plantado no planeta,
Universal por natireza e nascimento
No grande sistema,
Ímfimo pois grão de areia
Das praias quase artificiais;


Eterno ver
Eterno sentir,
Eterno pedaço do corpo galaxial

Que transforma-se facilmente
Em adubo;

Ser humano
Que mata suas partes,
Que condena à ilusão
o futuro
que o aguarda ali na porta


Irracionalidade especial, NAAMAN

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Asteróde Lilith

Lilith ainda está aqui: como Lua Branca e Lua Negra. E o macho trabalha em torno do amor e da morte escutando Lilith. Ainda reagindo com o eros e castração, mas com mais frequência, parece com uma mais autêntica escuta liberatória e uma intenção mais conciente de um encontro amoroso.
Enquanto a pesquisa psicológica sensibiliza o arquétipo subjacente a Lilith, vemos um interessante retorno seu, no Opus astrológico, enquanto é lida como a "parte" do feminino destrutivo e demoniaco, em oposição aos valores de luz da Lua, planeta tradicional, sobre o qual é projetada a representação boa da mulher. É no Zodiaco, depois dos anos 30, que a imaginação humana procura, emboracom atitude unilateral, o mitologema de Lilith, e pensamos ser útil refermamos substancialmente a ele, porque o opus astrológico, não fazendo certamente, um uso divinatório nem terapeutico, consente em participar do processo imaginativo do qual falamos acima.
O discurso astrológico sobre Lilith tem por fundamento uma antiga suposição sobre a Lua: é possivel que a Lua tenha uma ou mais irmãs? por longo tempo este presumido segundo satélite lunar tem sido o exemplo da tentativa de matarializar o mito de Lilith-Lua Negra sob o impulso de um positivismo científico totalmente estranho às experiências do processo imaginal. Em outros momentos, o "segundo satélite" foi identificado com a outra face da lua. Os astrólogos continuam a procurar o planeta no céu com a maior seriedade cientifica, mas, sem duvida alguma, este é um satélite interior a psique profunda, projetado no Zodiaco, em cujas constelações se encontram retraçados os locais astronômicos. Pois Lilith-Lua Negra age como todos os outros planetas-simbolos da astrologia.
Extraido de Lilith A LUA NEGRA, Roberto Sicuteri